Se tem uma coisa que dá vontade de fazer antes de começar a planejar uma viagem é exatamente o contrário do que nos propomos a fazer: nem começar.
É uma bagunça tão grande para conseguir alcançar tudo o que precisamos para fazer uma viagem de grandes proporções que ficamos pensando se realmente vale a pena todo o transtorno de correr atrás de tudo o que é preciso. Só que a verdade é que vale, sim.
Pra mim não parecia fazer sentido chamar isso de uma "análise", nem uma "resenha", nem uma "crítica". Eu não sou especializado em jogos eletrônicos, eu não tenho um conhecimento profundo deles, mas tem coisas sobre as quais simplesmente não podemos não falar. E Life is Strange é uma dessas coisas.
A vida é estranha.
Já faz um ano desde que decidi disponibilizar meu livro Deuses e Feras gratuitamente em diversas plataformas no entremeio dos domínios da grande e majestosa internet. Nem parece que faz tanto tempo. E sabe do quê? Não aconteceu nada.
Hoje a indicação é de dois filmes para aproveitar a chuva de meteoritos que poderá ser vista durante esse fim de semana em todo o mundo! Quem nunca ficou olhando para as estrelas e se perguntando o que afinal tem depois delas? Ou o que tem no caminho até elas?
Nem sempre dá pra escolher com quem você vai namorar. Na verdade, costuma ser bem ao contrário. Você não pode simplesmente decidir esse tipo de coisa. Em geral, a não ser que você esteja dando "match" por aí, vai acabar caindo de paraquedas na vida de uma pessoa que não planejava se envolver com você, e vice-versa.
Vamos falar sobre a vida adulta. Aquela que todo mundo imagina que vai ser maravilhosa aos 10-12-15 anos, e que, na verdade, é complicada... mas também traz muitas coisas boas!
Quando eu era menor, sempre que assistia a qualquer filme, a parte que eu mais gostava costumava ser o começo. Aparentemente não há motivos para isso, mas quando eu começo a pensar mais a fundo, eu sei bem o porquê: eu gostava mesmo era do clima de paz e tranquilidade que apresentava personagens, lugares e situações supostamente corriqueiras, antes de qualquer coisa realmente significativa acontecer na trama.
Eu conheci "Guerra dos Tronos" através de um amigo da faculdade, que falava sobre a série e os livros o tempo inteiro, passava as aulas lendo os volumes de bolso em inglês — com aquele papel nojento de jornal — e praticamente endeusava George R. R. Martin. Ele era tão enfático a respeito disso que eu simplesmente comecei a me incomodar com a série, e pensei que talvez não quisesse me envolver com aquela modinha — e ficar igual a ele, não conseguindo falar em outra coisa.
E quem disser que não tem nenhum apego, que atire a primeira pedra!
Sim, hoje vou falar sobre aquela sensação que todo mundo sente em relação a alguma coisa, ou alguém, que não deixa a gente se livrar daquilo. Pode ser um apego, um apeguinho, ou um apego extravagante. O que importa é que todos sentimos isso algum dia, ou ainda vamos sentir.
Eu "conheci" o Raphael Montes e mais uma galera que gostava de escrever há muitos anos, em uma saudosa comunidade do Orkut chamada "O Escritor e Sua Sinopse" (com a péssima sigla "OEESS"). Eu já não lembro mais como foi que eu encontrei ela, ou porque decidi entrar, ou qual o motivo para eu ter realmente participado das discussões e tudo o mais. Fato é que eu estava lá, e o Raphael era o moderador.
Durante a semana, nós, às vezes, temos um tempinho de assistir algum filme. Hoje resolvemos listar alguns que assistimos recentemente, e que achamos que vocês possam gostar. Fica como dica para assistir no final de semana que tá chegando :) Então prepara a pipoca e aperta o play!
Hoje vou falar sobre um livro que eu li depois de conhecer o filme, o que acontece muito raramente comigo, e com boa parte dos leitores, eu acredito. Estou falando do livro “Se eu ficar”.
Sempre achei muito pretensioso da parte de alguns leitores essa mania de ficar dizendo que estão lendo dois, três, quatro, oito, noventa e cinco, trezentos e quarenta e sete livros ao mesmo tempo. Como se nós, meros mortais leitores quaisquer, não tivéssemos a capacidade de acompanhar um quaquilhão de narrativas simultâneas e acabássemos misturando todas as tramas. Então eu ficava lá, na minha, imaginando o reles e mero único livro que estava lendo e em como eu deveria estar lendo mais de um.
INARI: O filme que vamos indicar hoje é um que esteve bastante em alta nos últimos meses devido ao fato de seu protagonista estar concorrendo ao Oscar. Estamos falando de "O Regresso", claro. Todo mundo deve ter torcido junto para o Leo DiCaprio ganhar a concorrida estatueta, então nós ficamos curiosos e resolvemos garantir um lugar nas salas de cinema para decidir por nós mesmos se o filme era bom como estavam falando, e se o Leo merecia o Oscar mesmo. Claro que não somos da Academia de Cinema nem nada, mas gostamos de analisar os filmes que estão em alta para decidir se concordamos com a opinião dos críticos.
FABIO: Eu sinceramente não tinha interesse nenhum em "O Regresso". Até porque eu nem sabia da existência dele antes de descobrir que tinha sido indicado ao Oscar - e estamos falando de um filme com atores muito bons e, além disso, famosos, sem contar o diretor, que tinha ganho o Oscar no ano anterior. De qualquer maneira, quando soube que foi o Iñárritu que dirigiu o filme, fiquei com ainda menos vontade de assistir. Ainda que muita gente tenha gostado de "Birdman", eu achei o filme desprezível. Ficar olhando para as costas do protagonista por tanto tempo não ajudou muito, e eu sei que é muito difícil gravar em um plano sequência só o filme inteiro, mas os cortes me incomodaram um pouco. E a história simplesmente não me cativou. Ainda assim, movido mais uma vez pelo hype, decidimos assistir a "O Regresso", e eu não me decepcionei.
INARI: Então fomos nós, bem animados, assistir ao filme. A fotografia é linda e me prendeu nos primeiros minutos do filme, mas depois passei a prestar mais atenção na aflição que eu tava sentindo pensando em tudo o que o protagonista teve de passar. Sim, o filme é muito movimentado, as cenas são muito bem filmadas, e eu sofri junto com o coitado do Leo. E depois que soube que boa parte de tudo aquilo aconteceu, de fato, fiquei ainda mais impressionada com a história. Tirando o fato de que eu quase quebrei a mão do Fabio de tensão em muitos momentos do filme, eu posso dizer que gostei muito de toda a ação, que não para em nenhum momento. Além disso, adorei a atuação de todos os atores, principalmente do Tom Hardy e do Leonardo DiCaprio, e acho muito justo o segundo ter ganhado - apesar de eu ter uma inclinação para o lado do ator de Garota Dinamarquesa, e por achar que ele poderia ser merecedor do Oscar devido à complexidade da personagem que ele expôs.
FABIO: Bom, o meu preconceito com o diretor quase me impediu de assistir a um grande filme. Felizmente passei por cima disso e me surpreendi com a qualidade do que vi. Tem muita coisa boa em "O Regresso", e a principal dela é a atuação. O prêmio conferido ao DiCaprio foi merecido, porque ele realmente parece ter dado sangue, suor e lágrimas ao papel; por outro lado, achei que o Tom Hardy, o grande vilão da história, fez uma personagem muito interessante e complexa, com trejeitos e um sotaque inconfundíveis. Outra coisa maravilhosa no filme são as paisagens, que são simplesmente deslumbrantes e incrivelmente muito selvagens. De certa forma, conseguimos perceber o perigo de se estar em uma situação tão delicada quanto a do protagonista Glass, e o motivo é a natureza que o cerca - o frio, os animais, as florestas. A cena do ataque do urso, que ficou tão conhecida, é realmente muito boa. É importante dizer que o filme é brutal em diversos pontos, mas isso não atrapalha; por outro lado, acrescenta à atmosfera rústica, suja e visceral do longa.
INARI: Então, o que eu tenho a dizer além disso é: assistam O Regresso. É um filme bonito, as paisagens são lindas mesmo, as cenas são bem dirigidas e as atuações dão gosto de ver. Não se assustem com as cenas mais pesadas, pois elas, com certeza, dão o tom ao filme, e fazem muita diferença no resultado final, e na opinião que vocês terão depois dos 156 minutos de filme. Esse filme até me faz lembrar o último Mad Max, que prendeu minha atenção por causa de todas as coisas acontecendo, e eu acho, até hoje, que é um dos melhores filmes que eu já assisti.
FABIO: Um último detalhe que é importante notar no filme foi o esforço que toda a equipe fez para filmá-lo. Eles foram muito longe para captar um ambiente selvagem, e gravaram sempre com a luz natural - o que deve ser muito, muito difícil. E, mesmo assim, a fotografia é linda e o resultado final é um espetáculo. Com toda a certeza vale a pena dar uma chance, como eu dei, e ficar surpreso com as maneiras que o protagonista escapa da morte - e se imaginando se, na mesma situação, conseguiria fazer o mesmo.
INARI: Aproveitem o final de semana para olhar esse e outros filmes que já ganharam o Oscar. É um bom exercício discutir os motivos pelos quais os filmes são premiados!
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Título original: The Revenant
Duração: 156 minutos
País / ano: EUA / 2015
A resenha que eu mais gosto de ler a respeito do meu livro foi escrita pelo Lodir Negrini. Porque... sabe como é: todo escritor para de vez em quando para reler resenhas (positivas) de seus livros. Depois da afagada no ego, podemos seguir em frente.
Recentemente, eu li um livro que ainda não foi lançado - calma, eu sou revisora, não ladra de originais - sobre o fato de que precisamos ter fé em nossas capacidades, reunir nossas forças para resolvermos nossos próprios problemas, incluindo problemas de saúde.
Hoje é importante dizer que quem está escrevendo esse texto é o Fabio, não a Inari. Em um dia comum, isso não faria diferença, mas no Dia da Mulher, acho que faz. Então, agora que estamos esclarecidos a respeito de a opinião de quem está retratada aqui, vamos em frente. E não se engane com o título da postagem, ok?